quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Super-poder: o sorriso

O mundo de hoje está mesmo fadado ao Apocalipse e os seres humanos, à extinção. Apenas alguns poucos sobreviverão para contar a história e reperpetuar a espécie, e eu, com toda certeza do mundo, estarei entre eles. Certeza. Já cheguei a essa conclusão. E de uns dias pra cá tenho cada vez mais certeza disso. As pessoas estão perdendo uma coisa que pode salvar o dia delas. Algo tão simples e singelo, mas ao mesmo tempo tão poderoso, que pode mudar o curso dos acontecimentos mais rápido que o piscar de um olho. Algo que não requer prática, tampouco experiência, e que não dispende energia ou dinheiro. E nem precisa sair por aí procurando atrás de querer comprar. Isso todo mundo leva dentro de si. É o traço patognomônico do bom humor: o bom e velho sorriso.

E os seus benefícios já estão provados e aprovados pela ciência. Diminuição da pressão arterial, melhora da resposta imunológica, aumento da disposição física e mental, atenuação das dores, eliminação de radicais livres e síntese de uma substanciazinha melhor que qualquer cigarro de maconha, a 5-hidroxitriptamina, vulgarmente conhecida como serotonina. Ela que faz com que você se transforme num completo abestalhado, dê gargalhadas quando não pode, fique fazendo e falando muita merda, ria, grite... enfim, descontrole-se. Aquelas bobagens de sempre, que a gente diz na maior inocência quando tá tudo bem demais. Adoro essa tal de serotonina, adoro.

E é sabendo disso que eu não entendo porque as pessoas insistem no mau-humor, no negativismo, na baixa-estima, no rancor. Sorria, porra!!! Sorrindo você mobiliza aproximadamente 17 músculos da face, enquanto que pra fazer uma cara de raiva você tem que contrair por volta de 23. Sorria nem que seja por economia, então. Sem falar que o sorriso é um sinal universal altamente contagioso. Faça o teste: caminhe na rua e sorria pra todo mundo que passar na sua frente. Todo mundo. Eu mesmo faço isso o tempo todo. Você vai ver como eu não estou mentindo. Se o ebola fosse tão contagioso assim, pobre do mundo. Se a onda de mau-humor continuar, pobre do mundo também.

Portanto, dedico esse post àqueles, iluminados, que se prestam aos papéis ridículos, aos que falam baboseiras, aos que são palhaços nas horas vagas e não-vagas, querendo ou não, aos que arriscam o namoro, a amizade e até o trabalho por conta de uma piada infame ou de um comentário sem qualquer senso prévio de juízo. Esses, sim, são os verdadeiros salvadores-de-dias, os super-heróis, os "caras". Quero ser assim quando crescer. Quero ter esse poder de tirar do rosto dos outros a resignação e colocar o sorriso orelha-a-orelha. Que as bobagens sejam louvadas, inclusive nas reuniões de empresa e nas salas de cirurgia. Que se façam passeatas pelo livre uso do gás hilariante. Que se inicie a campanha "cosquinhas grátis", pra competir com aquela pebíssima dos abraços. E que sejam distribuídas doses gratuítas de serotonina no meio da rua. Todo mundo se drogando e sorrindo, e falando merda, e sendo feliz. Pra depois num tá morrendo do coração sem saber o porquê, né?!

E pra encerrar, uma piada infame:

O homem andava no meio da rua quando foi abordado por outro, de supetão:

- Yo soy paraguaio e vim aqui para matá-lo!!!

O homem, espantado, indaga:

- Oh, meu Deus... Para o que?

- Paraguaio.


(Podem rir agora ¬¬)
[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...