Péssimas companhias tenho tido.
Só ando me envolvendo com gente da pior laia. Vendo de longe, há quem jure que faço por prazer ou vontade própria, mas é o acaso que me guia. Não nego, entretanto, que é sempre bom ter algo novo para entreter, observar, analisar. Afinal de contas, não é todo dia que você tem frieza suficiente pra ver um delito ou outro e, mesmo assim, conter sua indignação. Somos pessoas originalmente inclinadas para o bem. Queremos fazer o bem. Queremos, sim, andar com pessoas de bem, do bem. Mas eu? Ném! Confabulo em meio a ladrões, mentirosas, estelionatários, usurpadoras, patifes, calhordas e minhas favoritas, as marias... gasolina, chuteira, bata-branca. Elas estão por todo lugar disfarçadas de belas moças. É como a sereia que chama para o beijo, mas te arrasta para o fundo só para te afogar e te comer as entranhas.
Sinto-me em casa já.
E não me venha com lições de moral e falsa demagogia! Ando com quem quero, quando quero. Antes mal acompanhado do que só. A solidão só tem como vantagem o fato de se poder usar o banheiro com a porta aberta.