quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Perdido?

Ela ainda andavam descrente desde a última intercorrência. Queria se despojar de tudo, inclusive dos valores de seu próprio caráter, pois nada mais valeria a pena. O mundo estava perdido e ela lavaria suas mãos. Dançaria conforme a música toca agora, mesmo sabendo que não iria estar sendo ela mesma.

Mas foi aí que, como que uma peripécia da vida, apareceu alguém que disse a ela que estar perdido também é ter um caminho, ainda que seja um caminho de maiores incertezas. Mas e daí? Não é a incerteza que apimenta as escolhas? Não é ela que nos faz suar e por vezes titubear antes de cada decisão? Pois que seja, então. Deixe a adrenalina fluir. Vá sem pensar, porque pensar demais pode estragar tudo.

"E tem mais...", disse-lhe. "Você não está assim por causa do mundo, não. Está assim porque tem medo de chegar ao fim tendo apenas um ou dois amores. Mas eu não me preocuparia com isso se fosse você. Pior do que ter poucos amores é não ter nenhum". E ela se perguntou se seria daquele jeito até o fim... se não era o mundo que realmente estava perdido.








Post Scriptum: Perdido ou não, eu tô volta. Desculpem o atraso.


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...