quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sobra nada

Foi como a tempestade que chega
do nada, de repente
Veio varrendo tudo, derrubando casa
revirando terra, arrancando muro
Escondendo o doce de um raio de sol

Vão.

Raio que não tocou mais face alguma
Morreu na angústia da espera
Cerceado
Porque a tempestade levara, varrera
E o muito agora era nada

E com ela foram as raízes
Extraviadas, como mãos fracas saindo do túmulo
Pedindo, talvez clamando
pelo raio (doce) de sol
pelo raio vão

E com a tempestade também foram as lágrimas
que antes regavam o junco,
nutriam as raízes,
e refratavam o raio doce de sol

Que caminhava mundos só para transformar
Lágrima em pérola
Flor do girassol.


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...