sábado, 31 de março de 2012

Solitas

A saudade. Puf!

Vem e entrecorta o mais efêmero pensamento, tomando conta do nosso consciente e aumentando exponencialmente a cada fração de segundo que passa. De repente, o corpo todo parece trabalhar com o simples propósito de deixar a sensação fluir com o passar do tempo, tempo esse que, a essa altura, vai ficando cada vez mais arrastado, quase parando. Os olhos piscam com serenidade, a respiração suaviza e o coração palpita leve. Dentro cabeça começa a passar um filme que segue sem roteiro definido, com cenas de vários momentos se entrelaçando numa cronologia aleatória. O pensamento fica nesse vai-e-vem como que escaneando os melhores acontecimentos a fim de que nenhum passe em branco. E aí se instala aquela sensação de perda e ganho, de vontade de sorrir e de chorar, de felicidade e resignação, de uma carência que reflete muito bem a falta que se faz.

Sobrevém, por fim, a tristeza. E ela acaba ficando: por vontade nossa ou por incapacidade de mandá-la embora.








Post Scriptum: À saudade momentânea do glorioso amigo Bira.


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...