terça-feira, 13 de março de 2012

Destilando o veneno

Filomena foi embora.
Mentira. Na verdade, dei-lhe com a sola nos glúteos.

Já no primeiro minuto, Filomena levou consigo a cólera paroxística e a roupa do corpo. Ao final do primeiro dia, foi a vez das lembranças irem porta afora. Terminada a primeira semana e já não haviam mais fotos, vídeos, cartas e afins. Passado o primeiro mês e Filomena me liga, dizendo que eu jamais acharia outra como ela.

- Esse é o propósito, Filó.

Hoje, depois de um ano... Quem danado é Filomena? E logo ela, que tanta coisa tramou debaixo do lençol, saiu sem lençol nenhum para acalentar suas noites frias... e sós.








Mas foi com Deus.
Mentira. Foi sozinha.


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...