É um remédio estranho.
Já na primeira semana de administração, muita gente chega com queixa de sensações do tipo "uma coisa aqui dentro" ou "uma vontade de sei-lá", o que dificulta enormemente a avaliação prognóstica. Por vezes, muitos pacientes vêm com aquela face ababacada típica do portador de distúrbio cognitivo leve - riso sardônico, olhar vago e perdido no horizonte, atenção sem foco e tenacidade e uma alteração epigástrica comumente descrita como "borboletas no estômago". A medida que o tratamento vai cronificando vão aparecendo efeitos colaterais mais evidentes, como palpitação, sudorese fria, mãos pegajosas, taquidispnéia, discreta pirose, disautonomia, escotomas visuais, boca seca, taquicardia, plenitude pós-prandial, exantema maculopapular, obstipação, lipotímia, afonia, hiporreflexia e tetania. Nos casos mais graves pode ocorrer amaurose, síndrome do intestino irritável e até dependência química, que é a complicação mais temida. Em qualquer outro paciente portador de doença crônica, isso seria péssimo. Mesmo.
Além de tudo isso, não constam nos anais médicos nenhuma evidência de ensaios randomizados duplo-cegos comprovando sua eficácia. É uma droga que foi consagrada pelo uso e pelo tempo, ou seja, a gente usa, mas não sabe pra quê serve. Por causa disso, a ANVISA proibiu sua administração em ambiente intra-hospitalar e a comercialização mesmo mediante prescrição médica. Vai ver morreu alguém por causa de uma overdose, sei lá. Dizem que as drogas dessa classe podem até induzir o suicídio. Vai saber...
(Rolou um boato pela enfermaria que um farmaceuticozinho de fundo-de-quintal manipulou o princípio ativo e transformou o comprimido na mais nova sensação das casas noturnas. E tá fazendo o maior sucesso. Estão chamando por aí de pílula do amor...)
Post Scriptum: Tem gente que adooooooora texto assim =P
Já na primeira semana de administração, muita gente chega com queixa de sensações do tipo "uma coisa aqui dentro" ou "uma vontade de sei-lá", o que dificulta enormemente a avaliação prognóstica. Por vezes, muitos pacientes vêm com aquela face ababacada típica do portador de distúrbio cognitivo leve - riso sardônico, olhar vago e perdido no horizonte, atenção sem foco e tenacidade e uma alteração epigástrica comumente descrita como "borboletas no estômago". A medida que o tratamento vai cronificando vão aparecendo efeitos colaterais mais evidentes, como palpitação, sudorese fria, mãos pegajosas, taquidispnéia, discreta pirose, disautonomia, escotomas visuais, boca seca, taquicardia, plenitude pós-prandial, exantema maculopapular, obstipação, lipotímia, afonia, hiporreflexia e tetania. Nos casos mais graves pode ocorrer amaurose, síndrome do intestino irritável e até dependência química, que é a complicação mais temida. Em qualquer outro paciente portador de doença crônica, isso seria péssimo. Mesmo.
Além de tudo isso, não constam nos anais médicos nenhuma evidência de ensaios randomizados duplo-cegos comprovando sua eficácia. É uma droga que foi consagrada pelo uso e pelo tempo, ou seja, a gente usa, mas não sabe pra quê serve. Por causa disso, a ANVISA proibiu sua administração em ambiente intra-hospitalar e a comercialização mesmo mediante prescrição médica. Vai ver morreu alguém por causa de uma overdose, sei lá. Dizem que as drogas dessa classe podem até induzir o suicídio. Vai saber...
(Rolou um boato pela enfermaria que um farmaceuticozinho de fundo-de-quintal manipulou o princípio ativo e transformou o comprimido na mais nova sensação das casas noturnas. E tá fazendo o maior sucesso. Estão chamando por aí de pílula do amor...)
Post Scriptum: Tem gente que adooooooora texto assim =P