Semana passada me convidaram para dar uma palestra e falar sobre mentira. Comecei logo desmistificando essa coisa toda que rola em torno da mentira, que mentira é coisa ruim, que vai levar você pro inferno conforme prega a igreja. Aí aproveitei que tinha falado essa palavra, igreja, usei-a como exemplo e, assim sendo, bastou dizer duas outras palavras para estampar meu ponto-de-vista: dinheiro e criancinhas. O riso cínico da platéia mostrou que eles tinham entendido a mensagem.
Daí eu prossegui dizendo que mentira não é uma coisa de toda má. Mentir é como contar uma boa história... Você vai falando as coisas, no começo meio que desordenadamente, por vezes mesclando com fatos verídicos e, no fim, tem uma historinha semi-verdadeira e semi-cara-de-pau. Importantíssimo é que se acredite na mentira que você está contando, afinal, se você que é o criador não acreditar na sua criação, quem o fará? Não menos importante também é ter boa memória e atenção aos detalhes, uma vez que existe muita gente que gosta de pegar os outros no "contrapé".
Outra coisa que gerava muita confusão era a diferença entre mentir e omitir. Omissão é quando a mentira - ou verdade - não vale a pena ser contada. Aquele ocorrido que é posto debaixo do pano e deixado para que as traças deflorem com o passar do tempo. Já mentir é mentir. São duas coisas diferentes, diametricamente opostas e que não se relacionam necessariamente. Nessa hora um garoto da platéia que beirava os vinte e poucos anos fez um apontamento muito lúdico... Ele disse: omitir, então, é quando você trai a namorada e não diz e mentir é quando você diz negando, é isso? Eu não lembro direito o que respondi, até mesmo porque a garota logo ao lado do rapaz começou a ficar desconfortável repentinamente, mas achei o pensamento dele um tanto sagaz. Por cautela, acabei sugerindo que, se fosse uma situação de aperto grande, omitisse e visse no que dava. Afinal de contas, nem toda granada sem pino está fadada à explosão.
Depois de muitos aplausos e muita ovação, finalizei minha palestra dizendo que aquilo tudo não passava de uma grande mentira, mas parece que ninguém acreditou.
Daí eu prossegui dizendo que mentira não é uma coisa de toda má. Mentir é como contar uma boa história... Você vai falando as coisas, no começo meio que desordenadamente, por vezes mesclando com fatos verídicos e, no fim, tem uma historinha semi-verdadeira e semi-cara-de-pau. Importantíssimo é que se acredite na mentira que você está contando, afinal, se você que é o criador não acreditar na sua criação, quem o fará? Não menos importante também é ter boa memória e atenção aos detalhes, uma vez que existe muita gente que gosta de pegar os outros no "contrapé".
Outra coisa que gerava muita confusão era a diferença entre mentir e omitir. Omissão é quando a mentira - ou verdade - não vale a pena ser contada. Aquele ocorrido que é posto debaixo do pano e deixado para que as traças deflorem com o passar do tempo. Já mentir é mentir. São duas coisas diferentes, diametricamente opostas e que não se relacionam necessariamente. Nessa hora um garoto da platéia que beirava os vinte e poucos anos fez um apontamento muito lúdico... Ele disse: omitir, então, é quando você trai a namorada e não diz e mentir é quando você diz negando, é isso? Eu não lembro direito o que respondi, até mesmo porque a garota logo ao lado do rapaz começou a ficar desconfortável repentinamente, mas achei o pensamento dele um tanto sagaz. Por cautela, acabei sugerindo que, se fosse uma situação de aperto grande, omitisse e visse no que dava. Afinal de contas, nem toda granada sem pino está fadada à explosão.
Depois de muitos aplausos e muita ovação, finalizei minha palestra dizendo que aquilo tudo não passava de uma grande mentira, mas parece que ninguém acreditou.