domingo, 31 de outubro de 2010

Papo-cabeça

Conversas da vida real.


Eu: Conheci uma menina essa semana... Izabel, o nome dela.
Ele: E aí? Bonita? Gostosa?
Eu: Daria um sete pela beleza. Oito pela inteligência. Na verdade, oito pelo conjunto da obra.
Ele: Ou seja, era feia.
Eu: Dava pra andar de mãos dadas no mercado do Alecrim sem problemas, eu acho...
Ele: hAUHuahUAUhauhUAHUhauHAUHuahuHAUhauHUA.
Eu: Teve essa vez que a gente tava conversando na pracinha e ela falou sobre os planos dela para o futuro, mas eu fiquei meio confuso.
Ele: ?!
Eu: Ela queria ser muita coisa. Basicamente, ela queria ser tudo aquilo que ela via os outros sendo e que, com os outros, tinha dado certo.
Ele: Como assim?
Eu: Ela tinha vontade de ser algo só porque alguém era e se dava bem nisso. Ela não alimentava vontades próprias, mas, sim, queria seguir os passos já dados por outra pessoa. Literalmente.
Ele: ...
Eu: Ela queria viver a vida de outra pessoa. Trilhar os passos dela, fazer exatamente o que ela fez. Não havia muita originalidade nos sonhos dela. Na verdade, ela queria viver os sonhos dos outros.
Ele: Deixa a menina em paz, rapaz.
Eu: Eu deixei, mas fiquei pensando com meus botões depois... O que sonha de noite uma pessoa que não tem sonho algum?








Post Scriptum: Esse negócio de "eu" e "ele" ficou extremamente gay, né?!


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...