segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Insight

Com tanta gente reclamando dos medos - que tem medo disso, medo daquilo -, calhei de lembrar hoje da época na qual nós tínhamos nossa própria fortaleza, intransponível, que nos guardava de todos os males: bicho-papão, monstro do armário, Pé-Grande, enchente, trovão, foguetão, cachorro bravo, fantasma e ladrão. Nela éramos invulneráveis, invisíveis e intocáveis. Nem mesmo nossa mãe podia com ela.

Foi inevitável lembrar de como, ao menor sinal de "perigo", nós corríamos para debaixo do lençol.
O nosso bom e velho lençol.


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...