quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Minha primeira vez

Era um final de tarde. A lua - que estaria cheia pela segundo dia - começava a despontar no céu. Com sua altivez, era testemunha daquele momento ímpar naquele campo que se perdia muito além de onde a visão alcançava. Era infinito. Era lindo. E estávamos a sós, eu e ela, num momento para lá de romântico.

Fui chegando como quem nada quer. Sua pele era suave e macia. À carícia, a mão deslizava de modo tenro. Era como alisar um lençol da mais pura seda. Suas ancas, agora discretamente expostas, causam-me um certo frisson, ao mesmo tempo que eu continuava a afagar o macio das suas costas.

De repente, achei que estava na hora de agir. Não poderia esperar mais: a noite se aproximava. Mirava seu corpo esguio, imaginando por onde começar. Despretensiosamente repousei minha mão sobre seu peito, macio feito uma almofada de plumas. O nervosismo era crescente, assim como a sensação se deleite e prazer. O coração batia em ritmo de galope desenfreado. Acariciava-lhe os seios cada vez mais vigorosamente e, vendo que ela agora angulava as suntuosas pernas, quase vomitei o coração boca afora. Era hora de mostrar a quê vim. Sim, era hora.

Vitória! Consegui. O coração agora voltou ao peito novamente, o tremor passou e o líquido branco, por fim, jorrou. O relaxamento veio em questão de segundos, antagonizando todo o esforço desprendido em prol do rito inicial. Relaxei, mas ela continuava impávida como se nada além da brisa a atingisse. Ao que parece, todo o trabalho tinha sido meu. Todo. Mas tinha conseguido. Enfim, pela primeira vez, tirara o leite de uma vaca.


[ "You take the blue pill and the story ends. You wake in your bed and believe whatever you want to believe. You take the red pill and you stay in Wonderland, and I show you how deep the rabbit-hole goes... Remember: all I am offering is the truth, nothing more." ]

Quando a gente acredita, a gente pode fazer chover...